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Escrever direito, um bom começo.


Versuri

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ESCREVER DIREITO

Um bom começo

Por Deonísio da Silva em 11/1/2011

O mercado está se organizando para atender a crescentes demandas de ensino da disciplina Língua Portuguesa. Cada vez mais empresas abrem cursos para que seus profissionais aprendam aquilo que as escolas de diversos níveis não lhes deram, embora eles tenham saído dali com diplomas nisso e naquilo.

Quem deu o passo inicial para atender a tal demanda foi na verdade a imprensa. Vários jornais não dispensam manuais de redação e professores de Língua Portuguesa. É o caso da Folha de S.Paulo, com Pasquale Cipro Neto; do Extra, com Sérgio Nogueira; de Zero Hora, com Cláudio Moreno.

São abundantes os erros de ortografia em cartas, informativos, avisos, relatórios e, principalmente, em e-mails. Aliás, a internet prima por oferecer abundantes exemplos de como se escreve mal. Basta ver os comentários aos artigos que ensejam a participação dos internautas. Se tais redações constituíssem prova de Língua Portuguesa no vestibular, a maioria dos comentaristas tiraria zero, pois esta é a nota atribuída a quem não trata do tema proposto. Isto é, não seria necessário o examinador sequer perder seu tempo corrigindo os numerosos erros de ortografia e de sintaxe ali estampados. Descontemos também a arrogância, invariavelmente aliada à ignorância. Todos acham que sabem tudo. Já achavam isso na escola, quando não estudavam nada.

Disciplina indispensável

Nas empresas, os sinais de que algo precisa ser feito são frequentemente reiterados. Não apenas em e-mails, mas principalmente neles, não importa quem seja o destinatário (superior ou colega), os textos semelham misteriosas mensagens cifradas. Contados, descontados e perdoados os tropeços ortográficos, para os quais a tolerância zero não é admitida, o destinatário vê-se diante de um caos, a começar pela falta de clareza, pelo gerundismo, pelas frases soltas, prolixas, sem objetividade alguma. Naturalmente, são perdoados também os cacófatos, as rudezas e a ausência de um mínimo de gentileza e de cortesia no trato com superiores ou colegas.

Em matéria intitulada "A carreira nas alturas" (revista Língua Portuguesa, ano 5, nº 63, janeiro/2011), Adriana Natali identifica o gerundismo como o quarto erro mais comum, depois da falta de clareza, da prolixidade e do uso excessivo do "que", classificado como "queísmo". O gerundismo tomou conta de falas e textos nas empresas. Eis alguns exemplos: "Vamos estar mandando isso na semana que vem"; "vou estar transferindo o senhor para o vendedor"; "ninguém sabe quando ele vai estar voltando". Etc.

A concordância verbal ("segue (sic) os documentos solicitados"), a confusão entre "a" e "há" ("a" indicando o futuro; "há", o passado), a má colocação dos pronomes e os problemas de pontuação completam o caos.

Como as escolas falharam, as empresas tratam de consertar. De todo modo, desde há alguns anos, diversas faculdades e universidades vêm tornando indispensável a disciplina Língua Portuguesa em todos os cursos superiores que oferecem.

São bons recomeços, mas ainda insuficientes.

Fonte: Observatório da Imprensa

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Belíssimo texto amigo!

Eu também tento escrever o mais correto possível, seja qual for o lugar. Sei que cometo erros, mas eu tento!

Mas existem situações em que os erros de portugês são inadmissíveis, como no ambiente de trabalho por exemplo. Eu também não abomino quem usa abreviações na internet, como "vc" ou "pq", mas tudo tem um limite.

Abraços.

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Escrever na internet da mesma maneira que vc escreve uma redação de vestibular = impossible.

Temos que ter em mente que, principalmente com o aumento de vendas de smartphones e tablets, as pessoas não tem tanta paciência de escrever "certo", pois o "certo" implica em cansaço, esforço e tempo perdido.

Não tem como alguém escrever um post via iPhone, com a mesma qualidade que escreve via um MBP.

Creio que o texto não se referiu à isso, mas sim aos casos extremos, onde a mensagem fica criptografada e a nós cabe o processo de descriptografar para conseguir responder - aqui no fórum, por exemplo.

Mas conforme disse o Endy, muita coisa "passa" e seria ser perfeccionisma e conservador em demasia encrencar com isso (ex: abreviações).

Se formos pegar o Twitter, com 140 caracteres vc não envia uma mensagem com português lindo. E sim uma msg com português compreensível, claro, mas "encurtado".

Aí julgo interessante, quem utiliza o meio internet, estar por dentro de certas abreviações.

Em qualquer língua isso ocorre na internet.

Editado por NicholasPufal
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As abreviações da linguagem na internet são lindas, Nicholas, e facilitam MUITO na hora de enviar mensagens ou escrever de um telefone. Acho que quase todos que utilizam o mundo digital constantemente concordam com isso. O que não justifica é a incapacidade de muitas pessoas em usar pontuação e os erros crassos na escrita, a conjugação errada, etc.

Nestes casos, meu amigo, o cara pode escrever num telefone, num MacBook ou numa máquina de datilografar: sua mensagem vai ser sempre mal transmitida e mal compreendida...

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Gostei do texto. Existem dois meios de escrever na internet: ou via um computador ou qualquer aparelho móvel.

Quando escrevemos de um iPhone, por exemplo, a tendencia é abreviar mesmo... Ja no outro caso, também. A diferença fica na facilidade de digitar dessas duas formas. Enquanto no computador você tem muito espaço, nos móveis o espaço é limitado.

OBS. Off-topic: FORÇA JOBS :(

Editado por Arthur L. C.
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As abreviações da linguagem na internet são lindas, Nicholas, e facilitam MUITO na hora de enviar mensagens ou escrever de um telefone. Acho que quase todos que utilizam o mundo digital constantemente concordam com isso. O que não justifica é a incapacidade de muitas pessoas em usar pontuação e os erros crassos na escrita, a conjugação errada, etc.

Nestes casos, meu amigo, o cara pode escrever num telefone, num MacBook ou numa máquina de datilografar: sua mensagem vai ser sempre mal transmitida e mal compreendida...

Agree.

Não tem o que não concordar nesse aspecto mesmo.

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Escrever na internet da mesma maneira que vc escreve uma redação de vestibular = impossible.

Temos que ter em mente que, principalmente com o aumento de vendas de smartphones e tablets, as pessoas não tem tanta paciência de escrever "certo", pois o "certo" implica em cansaço, esforço e tempo perdido.

Não tem como alguém escrever um post via iPhone, com a mesma qualidade que escreve via um MBP.

Creio que o texto não se referiu à isso, mas sim aos casos extremos, onde a mensagem fica criptografada e a nós cabe o processo de descriptografar para conseguir responder - aqui no fórum, por exemplo.

Mas conforme disse o Endy, muita coisa "passa" e seria ser perfeccionisma e conservador em demasia encrencar com isso (ex: abreviações).

Se formos pegar o Twitter, com 140 caracteres vc não envia uma mensagem com português lindo. E sim uma msg com português compreensível, claro, mas "encurtado".

Aí julgo interessante, quem utiliza o meio internet, estar por dentro de certas abreviações.

Em qualquer língua isso ocorre na internet.

O problema é se acostumar com uma escrita simples e informal e "transportá-la" para o meio profissional.

Eu também economizo letras no Twitter, SMS, etc mas tento escrever nos outros momentos o mais correto possível para que eu não me acostume e fique normsal.

Editado por Versuri
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o poblema é qui as peçoa as veis num intendi soh pq post num ta inscrito nos isquema. moh drama por nada véi. B)

Mas o problema não é apenas a escrita, mas também a falta de pontuação.

Nós ficamos sem entender o sentido da frase. Tudo fica sem começo, meio e fim.

Tem horas que tenho que ler 2 vezes para entender, tamanha a falta de pontuação. Isso eu considero a maior dificuldade.

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SHOW DA LÍNGUA PORTUGUESA

'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:

"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença..."

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Depois dessa não precisa falar mais nada!

Perfeito wink.gif

SHOW DA LÍNGUA PORTUGUESA

'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:

"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença..."

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SHOW DA LÍNGUA PORTUGUESA

'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:

"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença..."

Demais Versuri!

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SHOW DA LÍNGUA PORTUGUESA

'Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:

"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença..."

Muito legal, de onde vc tirou?

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