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1 Uma lousa em branco Na época em que virou CEO, Cook era visto pelos colegas como “uma lousa em branco”, como descreve Yukari. Cook não tinha amigos próximos, nunca ficava conversando à toa e raramente falava de sua vida pessoal. 2 Vida simples Cook levava uma vida relativamente simples. Durante anos, morou numa casa alugada sem ar condicionado. Quando comprou uma casa no Vale do Silício, ela tinha 223 metros quadrados (pouco para um executivo do nível de Cook) e uma única vaga na garagem. 3 Nada pessoal Quando a Apple estava para lançar o aplicativo de vídeo iMovie, Steve Jobs pediu aos executivos que testassem o software fazendo algum filminho. Cook fez um vídeo sobre o mercado de imóveis no Vale do Silício. O vídeo não revelava absolutamente nada sobre sua vida pessoal. 4 Reuniões apavorantes As reuniões semanais de Cook com executivos duravam de cinco a seis horas e eram apavorantes. Eles se preparavam para elas como se fossem prestar vestibular. Detalhista, Cook não deixava passar erros. Numa das reuniões, um participante de outra divisão da Apple ficou atônito ao vê-lo dizer a um de seus subordinados: “Esse número está errado. Caia fora daqui!”. 5 Explique melhor Cook, às vezes, intimidava o interlocutor fazendo a mesma pergunta várias vezes seguidas. Indagava coisas como: “Por que?”, “O que você quer dizer?”, “Não entendo”, “Por que você não esclarece?” 6 Silêncio mortal Outra tática de Cook era permanecer em silêncio em certos momentos, especialmente quando alguém não sabia a resposta a uma pergunta. Ele ficava parado, olhando, enquanto as pessoas à frente se moviam de maneira incômoda na cadeira, conta Yukari. 7 Workaholic Pela descrição de Yukari, Cook parece ter uma disposição sobre-humana para o trabalho. Como principal executivo de operações da Apple, ele voltava de viagens à Ásia diretamente para o escritório e mergulhava no trabalho com força total. 8 Exercícios na madrugada Cook acorda entre 4h e 5h da manhã. Ele faz exercícios físicos antes de ir para o trabalho. Come barrinhas proteicas durante todo o dia e suas refeições são simples, como frango com arroz. 9 Alpinismo Os hobbies de Cook são escalada em rocha e mountain biking. Nas férias, ele costumava viajar para parques nacionais como Yosemite, na Califórnia, e Zion, em Utah, que são ótimos para escalar e pedalar. 10 Caridade Cook é um homem generoso. Ele já foi voluntário em ações de distribuição de comida a pobres; presenteia pontos de programas de milhagem a outras pessoas; e já participou de eventos beneficentes. Quando se tornou CEO, ele criou a regra de que, se um funcionário da Apple fizer uma doação de caridade, a Apple fará outra no mesmo valor. 11 Posso almoçar com vocês? Diferentemente de Jobs, que sempre almoçava com Jonathan Ive, o vice-presidente de desenho industrial da Apple, Cook come no refeitório da empresa. Às vezes, ele se apresenta a funcionários que não conhece, pedindo para se sentar com eles. 12 Os heróis do CEO Entre os heróis de Cook estão Martin Luther King Jr. e Robert Kennedy, irmão do ex-presidente americano John Kennedy. Cook já disse admirar a maneira como Robert Kennedy lidou com o fato de viver à sombra do irmão mais famoso. Isso parece dizer algo sobre sua relação com Steve Jobs, pondera Yukari.
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Publicaremos neste tópico homenagens a Steve Jobs escritas por leitores. Quem quiser participar, envie seu texto para contato@macmag… para nossa aprovação e publicação por aqui. Não garantimos que todos serão publicados. Eis o primeiro: • • • Como ex-presidente do Brasil Apple Clube, queria externar um pouco dos meus sentimentos em relação à morte de Steve Jobs. Na verdade, eu não sei como fazer isso, mas senti uma necessidade em conversar com pessoas com as quais estou unido pelo que Jobs criou e estruturou. Em 1990, quando decidi pela faculdade de informática, o fiz entusiasmado pelo fascínio que eu tinha pelo meu TK-3000 //e, um clone do Apple //e, que eu havia ganho de meus pais há algum tempo. Estudei muito a fundo esta máquina, sabia Assembly e Applesoft (BASIC), detalhes de seu hardware, e muitas outras coisas divertidas para um rapaz que, apesar da pecha de CDF no colégio, não se considerava um nerd. Logo depois, durante minha bolsa de pesquisa na faculdade de Psicologia, pude ter contato com um Mac SE, trazido por um professor estrangeiro. O segundo passo em direção à Apple foi natural. Virei rapidamente um "consultor" para os professores e me ofereceram um "estágio" em uma revenda em Porto Alegre. Lá, aprendi mais e mais sobre os equipamentos e resolvi que tínhamos que ter um clube de usuários em Porto Alegre, no RS, quem sabe no Brasil. O interessante é que eu não sabia que este clube já existia, e que fora fundado pelo pai de um amigo meu! Creio que em torno de 1995 fui "reapresentado" para Luiz Ernesto Pellanda, pai de Eduardo Pellanda, que ficou contente com a ideia de retomar as atividades do BAC, na época, em animação suspensa. Assim, rearticularmos a comunidade Mac no RS, realizamos encontros, formulamos materiais informativos aos macmaníacos, dentre outras atividades. Foi período efervescente, formamos uma diretoria executiva que realizou coisas muito legais mesmo, inclusive um belo e mui informativo jornal, chamado Apple Talk. Durante este período de grande aprendizado, pude ter contato com pessoas maravilhosas, além do mestre Pellanda: Raul e Evelena Boening, Ricardo Alexaris e Paola Amorim, Sandro Manfredini, Hélio Paz, Fabiano Jorge, Juliano Vasconcellos, Alex Primo, Camila Mariana, John Davidson, Demétrio Portugal, Roberto Drebes, Sergio Ourives, Sergio Miranda, Heinar Maracy, Rafael Fischmann, Luciano Hagge, Valério Pillar, além do saudoso Gabriel Pillar (que já não está entre nós, faleceu muito jovem em um acidente de carro) e outros tantos, que agora me falha a memória. Ainda nesta época criei o blog rsmac.com, que depois virou macnarama.com e, na companhia de muitos dessa turma, realizei o Rádio Macnarama (http://www.macnarama...acnarama/radio/), um dos primeiros podcasts brasileiros, que infelizmente teve poucas edições até que os compromissos pessoais dos participantes não deixaram o programa ir adiante. Foi um período muito prazeiroso para mim, do qual sinto muito orgulho, e onde nasceram muitas amizades que mantenho próximas até hoje e que me são muito especiais. Voltando a 1997, assistimos a segunda vinda de Steve Jobs para a Apple, e ficamos encantados, fascinados com o carisma e o entusiasmo daquele homem, que curiosamente não cultuava a tecnologia em si, mas o seu uso para melhorar e tornar mais divertida nossa vida, ao contrário de tudo que víamos. Para mim, era uma sintonia total com o que eu pensava e penso até hoje: "a máquina nunca vai substituir o homem", dizia a frase que mandei estampar nas pastas do diretório acadêmico de informática da PUC, durante a minha passagem como presidente (e para o desespero e incompreensão de meus amigos nerds). Jobs era o meu ídolo, representava tudo que eu via de bom na tecnologia e me inspira até hoje a buscar fazer o nosso melhor, a PENSAR DIFERENTE. Bom, tudo isso era para dizer que Steve Jobs foi uma das pessoas que mais me influenciaram na vida, foi responsável por um pedacinho do que sou hoje. Neste momento triste, queria deixar minha singela homenagem a este homem num texto da própria Apple, e que encerra muito fielmente o que acredito ser o espírito de Steve Jobs e de sua criação. -- Esta é para os loucos. Os que não se encaixam. Os rebeldes. Os causadores de problemas. Os cilindros nos buracos quadrados. Os que veem as coisas de maneira diferente. Eles não gostam de regras. E não tem respeito pelo status quo. Você pode admirá-los, descordar deles, citá-los, desacreditá-los, glorificá-los ou defamá-los. Mas apenas uma coisa você não pode fazer, é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles inventam. Eles imaginam. Eles curam. Eles exploram. Eles criam. Eles inspiram. Eles empurram a raça humana adiante. Talvez eles tenham que ser loucos. De que outra forma você pode encarar uma tela vazia e ver um trabalho de arte? Ou, sentar no silêncio e ouvir uma música que ainda não foi escrita? Ou, observar um planeta vermelho e ver um laboratório sobre rodas? Nós fazemos ferramentas para esses tipos de pessoas. Enquanto alguns os vêem como os loucos, nós vemos gênios. Porque aqueles que são loucos o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são os que realmente o fazem. -- (tradução livre do texto da campanha Think Different) Um abraço applemaníaco, Marco Andrei